Em meio a um dia agitado em casa ou no trabalho, às vezes tudo o que
você mais quer é um pouco de paz, não é verdade? Longe de ser uma tarefa
complicada, a busca por calmaria dentre os muitos afazeres da rotina pode ser
feita basicamente com a ajuda de areia, algumas pedras, um retângulo de madeira
e um ancinho. Esses elementos dão origem ao jardim japonês, também conhecido
como jardim zen, que vem sendo usado como uma forma eficaz de meditação há mais
de três mil anos.
Uma das grandes vantagens dessa prática é que ela pode ser feita em
espaços amplos, como templos, ou em ambientes muito pequenos, como a mesa de
trabalho ou um cantinho especial da sua casa. O retângulo de madeira representa
o mundo, enquanto as pedras refletem a permanência e a mutabilidade da vida, em
contraste com o aspecto fluido da areia.
A ideia é contemplar o jardim zen nos momentos de estresse e, com a
ajuda do ancinho, fazer círculos e ondas na areia. Os adeptos acreditam que
esses desenhos imitam o movimento da água, e podem ser comparados à fluidez dos
acontecimentos da vida. Além disso, ajudam a acalmar a mente.
Comece a praticar durante cinco minutos ao dia e, com o passar do tempo,
procure fazer linhas cada vez mais harmônicas na areia. Os especialistas
aconselham evitar as formas triangulares, pois acredita-se que as pontas deste
desenho são como os espinhos, que machucam.
A escolha das pedras
Segundo a geoterapeuta Simone Kobayashi, as pedras podem ser de qualquer
tamanho, desde que se ajustem harmonicamente ao espaço do jardim zen. Além
disso, vale misturar pedras de cores, texturas e formatos diferentes, como
lisas e ásperas; redondas e achatadas. Mas é importante prestar atenção para
não exagerar na quantidade de elementos no jardim. Um espaço adequado para a
meditação deve ser sóbrio e simples, livre de distrações visuais.
"Os números ímpares, especialmente o cinco e o sete, são
considerados favoráveis e devem ser mantidos em mente quando a pessoa for
escolher a quantidade de pedras do jardim. Já a arrumação desse material deve
permitir a livre expressão de sua energia natural, ou seja, as pedras devem ser
enterradas parcialmente na areia, com cerca de dois terços de profundidade.
Também é importante que elas fiquem dispostas de forma assimétrica. A ponta de
uma rocha posicionada para cima simboliza o céu. Já a Terra pode ser
representada por uma pedra com linhas horizontais, enquanto outra colocada na
diagonal significa humanidade", ensina Simone.
Além disso, é importante manter as pedras sempre limpas e energizadas.
Para isso, basta adotar duas técnicas simples: limpeza física e energética.
Primeiro lave as rochas com água, que pode ser de rio, chuva, mar, fonte, poço
ou lago. Depois disso use uma escova com cerdas macias para retirar as
impurezas e finalize passando um pano de algodão. Já a energização pode ser
feita colocando as pedras em uma druza (aglomerado de várias pontas de cristal
em uma base única); lavando-as em água corrente ou água com sal grosso;
deixando-as expostas à chuva e tempestades ou expostas à luz do sol e da lua.
Confira abaixo o significado de algumas pedras e
escolha as que mais combinam com o seu momento:
Fluorita: funciona em momentos de mudanças, especialmente mentais. É
capaz de eliminar impurezas e ressentimentos para que a transformação interna
seja alcançada.
Ametista: afasta a mente de pensamentos egocêntricos e combate a
ansiedade. Ideal para induzir um estado meditativo.
Água-marinha: ajuda a sair do turbilhão de emoções e a expor o que se
sente em palavras. Também estimula a criatividade.
Sodalita: desobstrui a mente, ajudando a pensar de forma mais racional e
lógica. Ideal para quem tem dificuldades de chegar a conclusões lógicas.
Quartzo Rosa: alivia as mágoas e estimula a autorrealização e a sensação
de paz interior.
Citrino: pedra ideal para quem precisa de confiança e segurança nos
momentos difíceis. A pedra aquece, conforta, energiza e dá vida.